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Uma União Europeia Apagada este Inverno?

A dependência energética da Rússia por parte de 12 dos 27 Estados-Membros da

União Europeia é hoje um dos temas centrais na União. Em primeiro lugar, porque existem

previsões de que este inverno será particularmente frio e, ainda, porque a solução encontradapela Comissão Europeia para fazer frente ao Kremlin em caso de corte total de gás natural fez tremer diversos Estados-Membros.


As consequências económicas da Guerra da Ucrânia já se fazem sentir por toda a

Europa, sendo a mais preocupante o aumento dos custos relacionados com a energia.

Segundo dados do Conselho da União Europeia, o aumento do preço do gás na natural na

Europa foi de 150% entre julho de 2021 e julho de 2022. Para fazer face a este aumento, bem como à dependência de um parceiro instável, a solução proposta pela Comissão foi mesmo a de redução de 15% do consumo de gás natural. Para diversos países isto significa que este Inverno o aquecimento de habitações será menor e, como tal uma parte da população europeia não terá aquecimento dentro de casa.


Porém, ainda durante o outono e, mesmo antes do final do mês de Outubro ocorre a

conhecida mudança de hora, o que significa que relógios vão atrasar uma hora e, fará noite

mais cedo. É certo que desde 2018 que a Comissão Europeia faz esforços para que se ponha um termo a esta mudança. Porém, hoje, todos os países continuam a alterar o seu horário.


Num cenário como o atual, de crise energética e de poupança de energia, fará sentido

atrasar os relógios para que anoiteça mais cedo?


A existência do horário de verão foi inicialmente pensada para poupar energia. Então,

porque atrasamos nós o horário no período no qual é necessário mais recorrer a ela?

Existe uma compreensão geral de que é necessário recorrer aos recursos do planeta

para produzir energia, talvez isso devesse passar também por nos adaptarmos a um fuso

horário fixo que nos permite aproveitar o maior número de luz natural possível durante o dia,

independentemente da estação do ano. A crise energética tem-nos vindo a ensinar que há

parceiros nos quais não se deve confiar, talvez também nos faça pensar que o relógio não tem de estar sempre a mudar.

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